Quando finalmente chegaram todos os convivas, ouvimos falar de "fazer o sexo" e quase nos despistávamos numa Curva. Mas ladeira abaixo, sob um estreladíssimo céu, e depois de um ligeiro esquecimento de tão curto percurso, lá regressámos ao abrigo. A noite prosseguiu, com a companhia de alguns daqueles remédios "para fazer esquecer", e até houve quem observasse as estrelas... na horizontal. Noite longa, animada, sono curto.
Ao fim da manhã para lá caminhámos, para junto do mar, os corpos repousaram na areia, com paisagens fantásticas no horizonte e um sossego da alma quase perfeito. No regresso, um almoço bem à moda do Porto, em que as francesas e as loiras encheram a mesa, sempre tudo no maior respeito. A tarde trouxe um merecido descanso aos mais novos guerreiros, sempre animados e entretidos, e um provavelmente relaxante passeio à beira-mar para quem assim o escolheu. Mais um jantar nobremente preparado e bem regado, desta vez à moda do Brasil, conversas e momentos que a memória não pára de gravar. Um casaco de pêlo de pastor alemão e 35 graus de amplitude térmica, imagine-se... A noite, desta vez, levou-nos mais cedo, que o corpo já não é de adolescente e reclama descanso.
Domingo é domingo, o dia de um curto passeio, mas sobretudo da despedida, depois de maravilhosos bivalves preparados pela cozinheira de serviço e mais umas nobres fatias de carne. Viagem de regresso de encher o olho e o espírito, Outono lindo neste Minho que nos trouxe dias tão bons. E a ti espero voltar para me abrigar dos dias tristes de Inverno.
7 comments:
Belo naco de prosa. Ficas responsável por servir o próximo, bem quentinho, por favor.
P.S. Essa das estrelas avistadas na horizontal é que me parece que seja uma grande invenção tua.
Sem dúvida, um belo fim-de-semana. Não deu para fazer exercícios interessantes de auto-crítica, é certo. Mas deixou muita água na boca para mais. Mais sessões culinárias, mais caipirinhas, mais cumbíbio. Sobretudo, isso.
Aqui está uma excelente descrição do belo do fim-de-semana. E eu sou testemunha de alguém ter avistado as estrelas na horizontal. Aliás, se não houvesse uma mão caridosa, que não a minha, a devolvê-la à postura vertical, aposto que continuava lá deitada... Foi tudo muito bom mesmo. A sério, muito bom. Não é que queira ser chato, mas foi muito bom. Não sei se já disse que foi muito bom. Tudo.
Bem, eu não assista à história das estrelas, mas fonte fidedigna disse-me que, de facto, alguém resolveu estender-se literalmente no belo do linóleo. De resto, obrigada pela vossa companhia. E novembro está já ai.
Que filhota tão bonita!
...Que bela prosa. Para mim, que esperava algo como "realizou-se este fim-de-semana", apenas me resta agradecer à autora e a todos os participantes a presença.
Vasco Pulido Valente
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